REDOME alcança 4 milhões de doadores cadastrados

O REDOME alcançou 4 milhões de cadastros de possíveis doadores, em maio deste ano. Antes de 2003, a possibilidade de se encontrar um doador no registro para paciente brasileiro era inferior a 15%. Hoje, há mais de 80% de chance de se encontrar um doador compatível em fase inicial de busca e, ao final do processo, 64% dos pacientes terão um doador compatível para a realização do transplante. No último ano, foram realizados 299 transplantes, no Brasil, com doador não aparentado.

O REDOME foi criado em 1993 por dois pesquisadores do INCA, os médicos Jose Roberto Moraes e Maria Elisa Moraes. Na época, o registro teve pouco apoio. “Só com a vinda para o Instituto Nacional de Câncer, em 1999, é que o banco passou a ter um tratamento diferenciado do Ministério da Saúde e começou a se desenvolver. Em 2003, o registro tinha em torno de 35 mil doadores. Mudamos a estratégia de comunicação e ampliamos a rede de atuação em todo o Brasil. Com isso, o registro passou para quase 4 milhões de doadores”, celebra Luis Fernando Bouzas, coordenador do REDOME.

A dificuldade ou facilidade de encontrar doadores não aparentados, varia conforme a diversidade genética ou a miscigenação do país e está relacionada à representatividade da população no registro. Hoje, já há uma boa representação em todo o país, afirma Bouzas. “Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde havia déficit, a representatividade melhorou muito. O maior número de cadastrados ainda continua nas regiões Sul e Sudeste, mas nas demais já melhorou bastante, o que aumenta as chances de se encontrar doadores brasileiros”.

A ampliação do REDOME aconteceu não apenas pelo seu crescimento quantitativo. O registro brasileiro participa de uma rede mundial com cerca de 26 milhões de doadores. Estes registros de outros países também são acessados pelo REDOME para busca de doador, o que aumenta a probabilidade de encontrar um doador compatível.

 

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