Agradecer por um ato de generosidade. Este é o objetivo do novo projeto de humanização na doação de medula óssea não aparentada do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG). Após o procedimento da doação, o doador é recebido com o quarto decorado e ganha um certificado de agradecimento.
O projeto teve início em outubro deste ano e conta com o envolvimento de toda a equipe multidisciplinar junto ao acompanhante do doador para calcular a chegada deste ao quarto, cuidar da decoração e preparar o certificado. O quarto fica enfeitado com bolas de gás e cartazes, e o certificado de agradecimento vem com uma mensagem sobre o renascimento do seu mais novo amigo oculto, o paciente.
“A doação é um ato sem nada em troca. Esta é uma maneira de trazer reconhecimento para esta atitude generosa”, comenta Gustavo Machado Teixeira, responsável técnico pelo setor de transplante do HC-UFMG. Gustavo ressalta ainda que o projeto é desenvolvido com todos os cuidados necessários para proteger a identidade do doador. “Temos muito cuidado com o sigilo para não interferir na revelação entre paciente e doador. O certificado, por exemplo, não tem data impressa porque sabemos da vontade do doador em publicar nas suas redes sociais. Desta forma, evitamos a exposição de informações que poderiam quebrar o sigilo da doação”, explica o médico.
Além do projeto do doador, o HC-UFMG também realiza o mesmo projeto para os pacientes de transplante autólogo, aparentado e não aparentado. Neste caso, é comemorada a pega da medula e o paciente ganha o certificado de renascimento. “A gente vive as angústias do paciente. Comemorar a pega é trazer esperança e bem estar a ele”, comenta Gustavo.
O HC-UFMG realiza transplante de medula óssea desde 1995 e é habilitado para realizar o transplante não aparentado desde 2006. Além disso, também é um dos centros que realiza coleta de doador para o REDOME.