Hemocentros mudam rotina para coleta de doadores em fase de testes

Equipe Fundação Hemominas

Conscientizar e esclarecer as dúvidas do doador que realiza exames para confirmar a compatibilidade, sempre fez parte da rotina de trabalho dos hemocentros. Mas, atualmente, com a pandemia de Covid-19, a maioria dos doadores apresenta mais questionamentos sobre os riscos de contaminação fora de casa do que sobre a doação. Por isso, os hemocentros precisaram adaptar suas rotinas para garantir a segurança e tranquilidade do doador, além de fazer com que o processo seja finalizado para que do outro lado, o paciente faça o transplante.

O compromisso e o interesse do doador têm sido notados nos últimos meses, porém, dúvidas em relação à pandemia, isolamento social e deslocamento de forma segura, têm aparecido com frequência no contato com os hemocentros durante a fase de coleta de amostras de tipificação confirmatória (CT) – exame feito para confirmar se doador e paciente são compatíveis. Segundo Viviane Guerra, gerente de captação e cadastro de doadores da Fundação Hemominas – Hemocentro de Minas Gerais, a questão da pandemia tem sido um forte peso na tomada de decisão do doador.

“A gente percebe que quando a residência é mais próxima, a resposta é mais rápida. Quando é necessário um deslocamento maior, trocar de município, isso fica mais difícil, e ainda assim, se o município tiver uma estrutura que permita fazer a coleta e transportar a amostra, isso é feito. Temos poucas desistências e cancelamentos de pedidos. Isso é reflexo do nosso trabalho desde a conscientização para o cadastro. O doador sabe que não é simples desistir e tem responsabilidade, apesar de seus receios. Nós somos um serviço público e temos que nos gerenciar muito bem para atendermos o que nos foi proposto”, pontua Viviane.

Para dar mais segurança ao doador de medula, o processo de coleta de amostras segue a mesma rotina e regras de segurança do processo da doação de sangue do hemocentro. Assim, sempre que o doador precisa ir à unidade, existe a preocupação de que ele permaneça no local, o menor tempo possível e com regras de distanciamento social para evitar locais cheios. “Sabemos da ansiedade que o momento causa, o doador já chega preocupado com o deslocamento e, da nossa parte, cabe mostrar a ele que os hemocentros são locais de pessoas saudáveis, pois para fazer a doação é preciso estar com boa saúde. A gente fala sobre todas as medidas de segurança, esclarece dúvidas do processo, sempre deixando ele muito à vontade sobre a questão do voluntariado, mas lembrando do compromisso assumido da doação, pois do outro lado, é uma vida que espera”, explica a gerente.

De acordo com a Hemominas, a procura por novos cadastros tem sido espontânea e devido às conscientizações pontuais em redes sociais. As campanhas em massa são evitadas por conta das aglomerações, mas a conscientização sobre a atualização tem continuado. “A gente recebe uma demanda muito grande de pessoas querendo atualizar. Este é um ponto positivo para termos um banco de dados acessível neste momento de pandemia, além de ser importante ver a busca espontânea do cidadão. Para nós do hemocentro, este é um reflexo de um bom trabalho sendo feito, uma etapa essencial para salvar vidas”, conta Viviane.

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