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Redome

16/09/2025

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WMDD 2025: REDOME ressalta atuação das equipes multidisciplinares como Heróis da Esperança

Homenagem destaca papel de centros de coleta, hemocentros e hospitais no processo que conecta doadores e pacientes

Seguindo o cronograma de ações do Dia Mundial do Doador de Medula Óssea (World Marrow Donor Day – WMDD), celebrado em 20 de setembro e que este ano traz o tema “Heróis da Esperança” (Hope Hero), o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) destaca a importância da rede de profissionais que tornam possível salvar milhares de vidas no Brasil e no mundo. Neste 16 de setembro, a homenagem é dedicada especialmente aos trabalhadores de centros de coleta e integrantes das equipes multidisciplinares que atuam em todas as etapas do processo de doação e transplante.

A médica Valéria Ginani, que atua com transplante de medula óssea no Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC) e no Hospital Samaritano, lembra que cada transplante só se concretiza porque existe uma grande rede conectando hemocentros, laboratórios, hospitais e o REDOME. “Cada etapa depende da outra. Se um elo da corrente falha, o transplante não é possível. Desde a recepcionista que recebe o doador até a equipe que realiza a coleta, todos têm uma responsabilidade enorme: cuidar de alguém que está oferecendo a chance de vida para outra pessoa”, cita.

Valéria também lembra que todos são super-heróis e fazem parte de uma ampla liga da esperança. “Por trás de cada transplante, existe uma grande rede de profissionais e instituições unidas por um objetivo em comum: salvar vidas. E cada doador voluntário que se cadastra no REDOME se torna parte essencial (a estrela do time) dessa rede”, enfatiza Valéria.

O médico Mair Souza, do Hospital Amaral Carvalho, em Jaú/SP, reforça que o sucesso desse processo só é possível graças à atuação conjunta de diferentes áreas. “A soma das responsabilidades individuais permite maior segurança e agilidade. Quando essa rede funciona bem, o paciente muda a perspectiva de morte para a real possibilidade de vida”, afirma.

Segundo Mair, “Uma tarefa tão relevante, que envolve inúmeros aspectos técnicos críticos, em um País de dimensões continentais e com interface internacional muito bem estabelecida, precisa de uma coordenação necessariamente multidisciplinar e comprometida com todo o processo. A base do sucesso é o entendimento de que a combinação de competências leva a resultados melhores” O médico cita, ainda, uma frase que norteia sua prática: “Se não é humanizada, não é medicina”.

Hemoce e WMDD juntos há uma década

No Ceará, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) é referência na mobilização para o WMDD. A coordenadora do Núcleo de Medula Óssea, Francisca Rodrigues, recorda que a primeira participação ocorreu já na primeira edição da campanha mundial, em 2015. A pedagoga e psicóloga também lembra de um encontro emocionante entre doador e paciente, em 2016, diante da plateia do congresso da Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea (SBTMO), em Fortaleza. “Realizamos anualmente ações que promovem encontros, ressaltam a importância da campanha e reforçam a fidelização dos doadores. O momento nos marcou profundamente e permanece vivo em nossa memória”, diz.

Entre as iniciativas de 2025, Francisca destaca a campanha “Doe de Coração”, em parceria com a Unifor; estandes em shoppings de Fortaleza para cadastro de doadores; rodas de conversa e encontros na Praça das Flores; além de atividades em Sobral e Juazeiro. “O Ceará possui o maior cadastro de medula óssea do Norte e Nordeste, com quase 240 mil voluntários registrados. Já realizamos 154 coletas, sendo 90 para pacientes no Brasil e 64 para outros países. Esses resultados são fruto da solidariedade de pessoas que se dispõem a servir ao próximo com sua vida”, celebra.

Uma rede que salva vidas

Para Cintia Monteiro, enfermeira clínica especialista em transplante de células-tronco hematopoiéticas do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC), em São Paulo/SP, cada doador representa uma história única de esperança. “São seres humanos especiais, sem os quais não conseguiríamos aumentar as chances de cura de muitos pacientes. A ação mais marcante da minha carreira foi acompanhar o encontro entre uma receptora e seu doador internacional. Até hoje, mais de cinco anos depois, mantenho contato com essa família e nos emocionamos ao lembrar daquela história. De certa forma, sinto que também pertenço a ela. Eu me sinto orgulhosa de poder acompanhar e ouvir tantas histórias”, relata.

Ela destaca também a importância de oferecer apoio emocional durante o processo. “É preciso escuta atenta e suporte para que pacientes e familiares consigam enfrentar um caminho cheio de obstáculos até chegarem à calmaria de dias mais leves e felizes”, complementa.

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