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Redome

03/10/2025

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REDOME participa do II Simpósio de Transplante de Medula Óssea do Hupes-UFBA

Palestra magna destaca a importância do REDOME e os avanços em terapias celulares

Participantes registram presença no simpósio. Arquivo Pessoal

O Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia (Hupes-UFBA/Ebserh), celebrou em grande estilo os 15 anos da criação do programa de transplante de medula óssea na Bahia e o Dia Internacional do Doador de Medula Óssea. Para marcar as datas, a instituição realizou, no dia 19 de setembro, o II Simpósio de TMO (SIMTMO), evento que reuniu especialistas no Anfiteatro do hospital, em Salvador/BA.

A palestra magna de abertura foi conduzida por Danielli Oliveira, coordenadora do REDOME, com o tema “A importância do cadastro de doadores voluntários de bancos de doação de medula óssea”. Em sua fala, a médica destacou o papel estratégico do REDOME no sistema de saúde brasileiro. Criado em 1993 e hoje consolidado como o terceiro maior banco de doadores voluntários do mundo, o Registro integra-se diretamente ao Sistema Único de Saúde (SUS) e se tornou uma importante fronteira de pesquisa e inovação científica. Ao longo de 32 anos, consolidou-se como referência em diversidade genética, ampliando o acesso de pacientes brasileiros e internacionais ao transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCH).

Durante a palestra, Danielli ressaltou que apenas 25% a 30% dos pacientes encontram um doador 100% compatível na família, o que reforça a necessidade de um cadastro robusto e diversificado. Ela apresentou dados atualizados sobre a expansão do registro, abordou desafios atuais e destacou a importância da cooperação internacional por meio da World Marrow Donor Association. A coordenadora também chamou atenção para os avanços em terapias celulares que ampliam as possibilidades do TCH, mas que ainda trazem consigo desafios relacionados à equidade, sustentabilidade e ética. Além disso, apresentou a HQ desenvolvida pelo REDOME para celebrar os 30 anos do primeiro transplante não-aparentado no Brasil e fez referência à novela Vale Tudo, lembrando o personagem Afonso Roitman, diagnosticado com leucemia.

“É uma alegria estar neste congresso porque o REDOME só existe por conta dessa mobilização nacional. Quando eu tenho a oportunidade de conhecer serviços fora do Rio de Janeiro, onde fica localizado o REDOME, e ver o engajamento dos médicos, dos profissionais multidisciplinares e a mobilização dos doadores, isso mostra porque somos hoje o terceiro maior registro do mundo, com mais de seis milhões de voluntários cadastrados. Estar aqui compartilhando essa festa com a Hupes é motivo de muita alegria”, destaca Danielli.

O simpósio também promoveu uma atualização científica de alto nível, reunindo especialistas baianos e de outros estados para discutir temas como novas terapias celulares, manejo de complicações do transplante, integração multiprofissional no cuidado e a relevância da doação de medula óssea. Além de espaço de aprendizado, o evento favoreceu a troca de experiências entre estudantes, residentes, médicos e demais profissionais da saúde.

Referência no Nordeste e único centro da Bahia a realizar transplante de medula óssea em pacientes adultos pelo SUS, o serviço de TMO do Hupes-UFBA já contabiliza 571 procedimentos realizados desde sua criação, em julho de 2009. A programação do simpósio incluiu ainda palestras sobre registros em transplante de medula óssea, a aplicação da terapia CarT-Cell no mieloma múltiplo, avanços em terapia celular e os rumos da política de transplantes na Bahia.

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