Em 2025, o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea (WMDD, na sigla em inglês) será celebrado em 20 de setembro, com o tema “Heróis da Esperança”. Outro motivo de comemoração é o marco de 30 anos do primeiro transplante de medula óssea entre pessoas que não são parentes. E o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), do Ministério da Saúde, segue compartilhando histórias reais para marcar a data.
Entre elas, está a de Wellington Rodrigo de Lima Bento, tenente-coronel e chefe da 4ª Seção de Patrimônio do Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul, que provou ser um herói dentro e fora da farda.
Há 20 anos, Wellington se cadastrou como doador voluntário de medula óssea. No final de 2024, recebeu a notícia de que era compatível com um paciente que precisava de transplante. “Recebi a ligação do REDOME e fiquei sem palavras, emocionado pela situação. Fiz os exames complementares e, quando deu tudo certo, marcaram o procedimento. Não imaginava que isso poderia acontecer comigo”, relembra.
Acostumado a salvar vidas diariamente no exercício da profissão, Wellington descreve a experiência como única. “Todo dia acordo pronto para ajudar alguém, geralmente com farda. Mas dessa vez foi diferente. A pessoa que recebeu minha medula vai ser para sempre meu irmão ou irmã de sangue”, diz.
O bombeiro conta que a principal insegurança que sentiu não foi relacionada ao procedimento, mas ao medo de não poder doar por alguma incompatibilidade ou problema de saúde. “Pensei positivo e torci pelo melhor”, afirma.
Passada a preocupação, a doação ocorreu de forma tranquila. “O procedimento é parecido com uma hemodiálise. A equipe médica passou muita segurança e, em cerca de 15 horas, já estava liberado. Foi impressionante ver como a medicina está avançada”, destaca.