Passeio na praia

“Esse momento de conhecer pessoalmente Noemi foi um dos mais felizes da minha vida. Ela se tornou mais uma filha e hoje a gente se fala todos os dias. É difícil explicar que ali tem um pouquinho de mim e é muito bom vê-la brincando com saúde.

Em 2020, o REDOME entrou em contato comigo para dizer que eu era 100% compatível com um paciente. Eu estava com depressão por conta da pandemia e tantas notícias de morte e eu não pensei duas vezes quando soube que alguém precisava do meu “sim”. Depois de seis meses da doação eu recebi a notícia que a medula pegou e o paciente estava bem. Logo depois recebi uma cartinha anônima e percebi que era uma criança por conta da letra e dos desenhos.

Após 18 meses, a quebra de sigilo me surpreendeu ainda mais. A mãe da Noemi me enviou um vídeo que me fez chorar e depois de trocar nossos telefones, nunca deixamos de nos falar. Marcamos nosso primeiro encontro para eu ir até Noemi e sua família, em Salvador. Ser doadora de medula óssea foi o maior presente de Deus. Encontrar Noemi, meu pedacinho, e olhar para ela curada é muita felicidade.”