A mensagem da música é clara: esperança. “Milagres são reais para quem acredita. Jamais devemos perder a esperança. Cada um de nós possui uma história linda e única, mesmo nos piores momentos”, afirma.
Ao enviar a gravação para o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), do Ministério da Saúde, a emoção se renovou. Para ela, a música é também uma forma de conscientização: “Quis declarar ao mundo o sentimento único que é ser doador e demonstrar que o amor pelo próximo pode se transformar em vida”.
A música está disponível no YouTube e no Spotify.
Mesmo sem conhecer o receptor, a doadora sente-se ligada a ele de forma profunda: “Diria que ele é único e muito importante para mim. Nossa história se cruzou para sempre. Meu coração regozija de alegria em poder viver nele”.
Início de tudo
Doadora de sangue assídua, ela conheceu a possibilidade da doação de medula durante um atendimento no banco de sangue da Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue). Sem imaginar que seria chamada tão rapidamente, recebeu a notícia da compatibilidade apenas um ano após o cadastro. “No momento em que recebi o e-mail e a ligação do REDOME fiquei em choque. Foi uma sensação única e inesquecível. Aceitei como um presente, uma forma de carinho e cuidado, uma maneira linda de deixar minha marca no mundo”, relembra.
O processo de doação, até então desconhecido para ela, trouxe desafios e aprendizados. “Nunca havia sido internada ou passado por um procedimento hospitalar. Mas a equipe do REDOME foi cuidadosa em cada etapa, me dando segurança e acolhimento. Foi uma experiência enriquecedora, que me fez enxergar a vida de outra forma”, enfatiza.
Entre os momentos mais marcantes, ela guarda na memória a cena da coleta: “Ver o plasma sendo separado do meu sangue foi transformador. Uma porção tão pequena de mim seria uma imensidão tão grande para alguém que precisava dela”, conclui Thaís, cuja história simboliza a essência dos “Heróis da Esperança”: pessoas que, voluntariamente, oferecem uma nova chance de vida.
Quem pode se cadastrar como doador?
- Para se tornar um doador de medula óssea é necessário:
- Ter entre 18 e 35 anos de idade (Portaria nº 685, de 16 de junho de 2021)
- Estar em bom estado de saúde
- Não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue (como infecção pelo HIV ou hepatite). Não apresentar histórico de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide).
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