REDOME apresenta trabalhos no XXIX Congresso SBTMO
Manual do Jovem Transplantador lançado oficialmente no evento dedica capítulo ao REDOME
Equipe do REDOME presente no evento. Arquivo Pessoal
Por mais um ano, o REDOME (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea), do Ministério da Saúde, marcou presença no Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO). O evento, que aconteceu entre os dias 20 e 23 de agosto, no Royal Tulip Brasília Alvorada, em Brasília/DF, ocorreu simultaneamente ao XXVIII Encontro Multidisciplinar de Transplante de Células Hematopoéticas (TCH). O tema desta edição foi “TCH no Centro da Transformação” e reuniu mais de 1500 participantes, entre médicos e membros de equipes multidisciplinares de todo o Brasil e de diferentes regiões do mundo.
A solenidade de abertura aconteceu na noite de 20 de agosto. A mesa diretora foi composta pela Dra. Andresa Melo, presidente do congresso; Dr. Adriano Arantes, vice-presidente do congresso; Dra. Carmem Bonfim, coordenadora da Comissão Científica; e Dr. Fernando Barroso Duarte, presidente da SBTMO. Também integraram a mesa: Dra. Danielli Oliveira, coordenadora do REDOME; Dr. Leandro Dorigan, representando o Comitê Científico do Encontro Multidisciplinar; Patricia Freire, coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes (SNT/Ministério da Saúde); João Batista Silva Júnior, servidor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); e Dr. Angelo Maiolino, vice-presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).
Dra Danielli Oliveira participa da solenidade de abertura. Foto SBTMO 2025 - Ju Pacheco
No mesmo dia, foi lançado oficialmente o 1º Manual do Jovem Transplantador em Transplante de Células Hematopoéticas e Terapia Celular (TC), iniciativa da SBTMO para apoiar a formação das novas gerações na especialidade. Um dos capítulos é dedicado ao REDOME e explica ao jovem profissional da área de transplante a importância do registro brasileiro e como ele deve atuar para garantir que os pacientes se beneficiem deste Programa.
Exemplares do manual em destaque. Foto SBTMO 2025 - Ju Pacheco
Já no dia 21 de agosto, Natiele Silva Tavares, supervisora de Desenvolvimento Institucional do REDOME, apresentou o trabalho “Análise histórica do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea e seu papel na disponibilização de produtos celulares para pacientes brasileiros”, na sessão do Encontro de Gerente de Dados TCH/TC. Representantes de todas as áreas do REDOME – Pamela Lopes, Andrea Copello, Adriana Nunes, Renata Esterque e Sheila Prado – contribuíram com dados para o trabalho.
O estudo apresentou a evolução do REDOME entre 2014 e 2024, período em que o número total de produtos celulares disponibilizados cresceu 81%. O levantamento evidenciou ainda uma mudança significativa no perfil das coletas: enquanto em 2014, 94% das coletas eram de medula óssea, em 2024 esse percentual caiu para 26%, enquanto as coletas de sangue periférico passaram a representar 70% do total. Em 2024, houve um recorde de 185 produtos de doadores internacionais. Já a marca de produtos nacionais chegou a 294, sendo a segunda maior de todos os tempos, atrás apenas de 2016.
Natiele apresenta trabalho. Arquivo Pessoal
“Os resultados reforçam a relevância do REDOME como elo essencial entre doadores e pacientes, ampliando o acesso a tratamentos que salvam vidas e consolidando sua importância para a saúde pública no País”, destaca Natiele.
Na tarde de 21 de agosto, Danielli Oliveira participou como painelista da sessão “TMO para Todos: acesso ao transplante no sistema público (SUS): enfrentando nossos desafios”, que contou com a participação de Fernando Barroso, presidente da SBTMO, da Patrícia Freire, da coordenadora-geral do SNT, Angelo Maiolino, presidente da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH), e Catherine Moura, da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale). Durante o painel foram apresentadas as conquistas da Política Nacional para Transplante de Medula Óssea e Patrícia Freire destacou a publicação do novo Regulamento Técnico com avanços importantes no atendimento aos pacientes que realizam TCH. A coordenadora do REDOME citou alguns dados do REDOME, que é o terceiro maior registro de doadores do mundo e é responsável por cerca de 65% dos TCH de pacientes no Brasil, além de cooperar com registros de outros países. Além disso, destacou a consolidação da atividade no Brasil que este ano celebra os 30 anos do primeiro transplante com doador não aparentado.
Durante o evento, aconteceram lançamentos de manuais, livros e ferramentas exclusivas para apoiar profissionais, pesquisadores e estudantes da área de Transplante de Medula Óssea (TMO) e Terapia Celular. Entre os grandes temas em destaque estiveram: Terapia Celular, DECH, DRM, Cuidados Paliativos, Oncologia Pediátrica, Encontro Jovem Transplantador e Ligas Acadêmicas, Multidisciplinar, Controvérsias, Práticas de Laboratório, Qualidade e Acreditação, além das Apresentações de Trabalhos.