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Redome

19/09/2025

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WMDD 2025: REDOME destaca projetos e ONGs que espalham esperança e mobilizam doadores de medula óssea

Caçadores de Medula, Pró-Medula, Flamedula e AMEO levam informação e conscientização a milhares de pessoas

Seguindo o cronograma de ações do Dia Mundial do Doador de Medula Óssea (World Marrow Donor Day – WMDD), celebrado em 20 de setembro, o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) relembra, neste 19 de setembro, o trabalho de projetos e organizações que ajudam a divulgar a importância do cadastro de doadores e da atualização constante dos dados cadastrais. Neste ano, em que o tema global é “Heróis da Esperança” (Hope Hero), a homenagem vai para iniciativas que transformaram histórias pessoais em movimentos coletivos que transformam realidades.

Para representar essa rede de esperança, o REDOME entrevistou os projetos Caçadores de Medula, Pró-Medula, Flamedula e a associação AMEO, que, de diferentes formas, dedicam suas ações a aumentar a divulgação sobre o tema.

AMEO: pioneirismo na divulgação e nos cadastros

Fundada na década de 1990, quando pouco se falava em transplante de medula, a Associação da Medula Óssea (AMEO) foi uma das responsáveis por estruturar e difundir o tema no Brasil. A entidade começou dentro da Santa Casa de São Paulo, produzindo materiais educativos e organizando os primeiros cadastros de doadores.

“Naquela época, nem médicos sabiam que era possível ser doador de medula. Tivemos de mobilizar não só a sociedade civil, mas também a comunidade médica”, lembra a médica Carmen Vergueiro, fundadora da AMEO.

A AMEO foi responsável pelo cadastro de mais de 300 mil pessoas e considera sua maior conquista ter contribuído para que o REDOME se consolidasse como um dos maiores registros do mundo.

Uma luta que virou propósito: Caçadores de Medula

Diagnosticado com leucemia aguda indiferenciada, André Tôrres criou o Caçadores de Medula a partir da sua própria busca por um doador. O movimento nasceu de uma ação simbólica, quando sua esposa colocou uma plaquinha nas costas do filho, ainda bebê, com a frase “Caçador de Medula”. A imagem viralizou e deu origem ao perfil no Instagram, que hoje leva informação e conscientização a milhares de pessoas.

“Pensei que a minha luta e da minha família poderia abrir caminhos para outros pacientes. Levamos informação, derrubamos mitos e conquistamos cada vez mais ‘sins’ para o cadastro de doadores”, conta André.

Ele também compartilhou a emoção de conhecer, ainda que por vídeo, sua doadora americana em 2021. “Foi essencial para fechar um ciclo e me deu ainda mais força para sensibilizar pessoas. A doação de medula é transformadora e vital, não só para o paciente, mas para toda a família”, menciona.

Impacto da presença em grandes festivais de música: Pró-Medula

O Pró-Medula nasceu de um pequeno grupo de familiares e amigos na Região Serrana do Rio de Janeiro, no estado do RJ. Logo, a iniciativa cresceu e se tornou um movimento nacional, presente inclusive em quatro edições do Rock in Rio.

“O impacto de estar em espaços tão populares é incalculável. Milhares de pessoas passaram pelo nosso estande e descobriram que doar medula é muito mais simples do que imaginavam”, explica Luis Afonso, coordenador do Pró-Medula.

Para ele, a maior conquista não se mede em números, mas em pessoas: “Recebemos recentemente a notícia de que alguém cadastrado em uma campanha nossa em 2018 foi chamado em 2025 para doar. Isso mostra que o impacto atravessa o tempo e continua gerando esperança”, relembra.

Flamedula: solidariedade em campo

Criado em 2019 por André Matos, mais conhecido como Dedeco, o Flamedula une a paixão pelo Flamengo à causa da medula óssea. O projeto, que surgiu após o Dedeco se cadastrar no REDOME e doar medula óssea para um paciente em 2013, se consolidou com apoio do clube e até de ídolos como Zico.

“O futebol mobiliza multidões. Já fizemos campanhas no Maracanã, encontros entre pacientes e doadores e até ações em embaixadas do Flamengo nos Estados Unidos. Costumo dizer que somos o ‘time da medula’”, afirma Dedeco.

Um dos momentos mais marcantes, segundo ele, foi acompanhar a recuperação do jovem Samuel, paciente do Instituto Nacional do Câncer (INCA). “Levamos ele ao Maracanã, entrou em campo comigo e meses depois realizou o transplante. Anos depois, reencontrá-lo curado foi emocionante. Isso mostra que a esperança se renova a cada história”, conta emocionado.

Heróis da Esperança

O trabalho de cada projeto reflete o espírito do WMDD 2025. Para o REDOME, destacar iniciativas como Caçadores de Medula, Pró-Medula, Flamedula e AMEO é reconhecer que a luta pela vida é coletiva e que cada gesto de solidariedade pode transformar destinos. No Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, o convite é claro: dizer “sim” à esperança e se tornar parte da rede de heróis que salvam vidas.

“Se cadastrar como doador é um ato simples, mas de grandeza imensurável. É oferecer a alguém a chance de um recomeço”, reforça Luis Afonso, do Pró-Medula.

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